sexta-feira, setembro 28, 2007

Pra levar por dentro

Droga, aquele teu sorriso não me sai mais da cabeça. Aquele mesmo, aquele sorriso boboca de quem está querendo ser simpático/legal/não grosseiro ao entender que do lado de cá da mesa havia um infinito complexo e fundo pra ti descobrir.
Ah!! Claro, aí tu me diz que não sabe onde foi que eu me larguei. Foi aí, poxa. Me deitei no teu ombro e me deixei ficar.
- Dá pra calar essa boca e escutar quando eu falo? Pelo menos olha pra mim quando eu falo contigo... será que custa tanto largar um pouco dessa tua vida pra escutar o que eu tenho pra dizer? É importante... - Me solta!! Deixa eu terminar...
- Quê? - Não é assim... só queria dizer que lembro do teu sorriso sempre... daquela risada misturada... Porque se tu soubesses o quanto me fez bem...
- Senti com saudades... sabia?
- Claro que sabia... tu sempre sabe... mas essa mania de ser mais fechado e mais calado que eu... tu consegue fingir que não sabe de nada, nunca.
- E até quando? - Me solta, poxa... agora não é a hora do abraço... e também tô cansada de abraços-com-dia-e-hora-marcados. As coisas deveriam ser mais naturais, tu não achas?
- Eu sei!! Mas eu quero. Eu gosto. (a hora do abraço é agora, né?) - Não me solta agora... segura mais um pouquinho, não sei quando vou te ver de novo.
- Também!
- Claro, eu ligo... me liga também? - Vou... sempre!
- Espera... posso guardar esse sorriso pra mim? - Deixo... pode levar também. - Também pode.
(Vou te guardar com os sorrisos dentro do meu abraço, tá? Me leva junto também, eu deixo. Eu quero. ...)

sexta-feira, setembro 07, 2007

Do abraço que fez flutuar

E hoje, de novo, caí em ti, não da forma de "esbarrar e cair sobre ti", mas caí no que sempre caía antes, que era da forma que tu me segurava... mas hoje, nem segurou.
Senti distância, muita, olhando pro frio azul que o brilho dos teus olhos ainda têm pra me esquentar. E ainda assim, depois dos anos que já passaram, eu não tenho certeza se tu existe ou se é algum tipo de ser que eu nem sei explicar o quê, que passou por aqui (minha vida, claro) e sabe-se lá tenha ficado ou não.
Mas eu ainda queria, mais que tudo mesmo, descobrir porque me pego pensando em tantas coisas que não foram e em tudo o que não aconteceu. É fato, daqui de dentro não vou tirar nunca mais. Pelo menos tento... mas é inútil. Desejo que sejas feliz, que continue com teu pedaço de inteiro e que não deixe de viver isso que és. Mesmo sem falar mais e sem nunca mais ter visto (ou voltar a ver, não sei), vou estar contigo aqui por dentro.
Todo esse sentimentalismo que tu me deixaste e... me diz, pra quê? Vou sentir saudades daquele dia e daqueles dias ausentes pra todo o sempre (super piegas, eu sei). Ás vezes (sim, às vezes porque nem sempre sinto isso e tu só me aparece às vezes assim), sinto a maior vontade de rasgar esse brilho congelado. Mas também, não vejo motivos pra te contar sobre tudo ou pra tentar qualquer coisa de novo. Na verdade, a irritação que tu me causas é maior do que qualquer vontade de matar "saudade" ou de estar presente de novo.
Claro, confesso que grande parte do que sou hoje eu devo a ti e a tudo o que me ensinaste. Tu que me fizeste ver o que eu tinha aqui dentro e me mostrou da grandiosidade das "pequenas coisas da vida". E sempre com essa beleza de tudo que tu tens, e... ahh... querer saber se tu tinhas ou não que acontecer é demais, mas confesso que muitas e muitas vezes me pego pensando nisso. Porque é demais lembrar de tudo. Quando a vontade de deixar pra qualquer pessoa ler de tudo o que passou (e passa ainda como um filme na minha cabeça muitas vezes), eu prefiro deixar pra mim.
Das minhas faltas de coragem com as palavras tu sabes bem, ainda. Eu sei. Droga, o problema é que tu sabes demais de mim sem eu menos ter que falar. E falando nisso, faz quanto tempo que não batemos um papo mesmo, de verdade? Tá, nem lembro... acho que a última vez foi irritante demais, sei lá...
Mas deixa, quero que minha vida também aconteça, e pra ti eu não tenho mais que falar nada. Não preciso. Tu sempre vai saber.
-Correr-Abraçar-Silenciar-Flutuar-Segurar-Respirar-Girar-Soltar-
-Abraçar-Beijar-Entrelaçar-Caminhar-Olhar-Suspirar-Amar.
Ainda? SEMPRE, ou nunca... depende da perspectiva de quem assiste, ou não.
Me deixa com as confusões. Não quero te falar mais nada. Mas deixa assim, eu gosto de conversar contigo por dentro de mim.
Tá, mais tarde eu volto.
Oi? Tudo bem... pode vir também... mas por favor, bata na porta antes de entrar. Há tumultos aqui dentro. Tudo bem, teu lugar tá alí.
Não vou me despedir, falta dez anos pra ver de novo... só mais dez.