segunda-feira, outubro 11, 2010

Até parece devaneio

Vamos fugir, viajar, sair desse lugar... Um abraço e só. Silêncio e só o barulho do vento nas árvores, das folhas caindo no chão. São muitos segredos ditos no silêncio dos abraços. Quem não escuta não consegue fugir.
Mãos geladas, nuca quente. O calor que eu guardo dentro do bolso da tua camisa e o frio nos botões do meu vestido. Os cabelos são dourados, se esvoaçam no vento e brilham com o sol. As palavras que digo não espalho. Tudo o que sinto tem nome de cidade invisível e tudo o que invento são os prédios, edifícios, casas, lajotas, calçadas dessa cidade. Se quiser, te mostro esse lugar, mas é preciso se desprender e fechar os olhos. Tem que confiar, só dizer que sim. Tem que ter coragem e não fugir. Possuo monstros traiçoeiros e fadas doces. Não tenho rancor, orgulho. Eu tenho amor, mas é preciso ter coragem pra aceitar. Tem gente que foge e tem gente que vive sem estar junto. Tem quem se engana. Quem é você afinal?